A Nintendo tem o Mario. A Microsoft tem o Master Chief. A Sony tinha o Crash, e agora tem o SackBoy. E a Sega… bem, já faz muito tempo que a Sega usa o Sonic como mascote oficial. O problema é que Sonic é um usurpador.
Antes do herói azul e espinhudo entrar em cena em 1991, a Sega já tinha um mascote: Alex Kidd. Um personagem que nunca mais deu as caras desde então.
E embora não seja tão importante agora como já foram em meados dos anos 90, mascotes de console costumavam ser vistos como um grande negócio. Eles fazem parte da razão pela qual a Nintendo tornou-se tão bem sucedida e reconhecível como uma marca, e outras empresas estavam tentando muito duro para tornar seus mascotes animados em ícones também.
De 1986 até 1991, a Sega foi representada por um menino chamado Alex Kidd, astro de uma série de jogos de plataforma para Master System, Mega Drive e até mesmo arcades. E Alex Kidd já era a segunda tentativa da Sega para um mascote. Antes dele tinha surgido Opa-Opa, o pequenino navio do jogo Fantasy Zone. Sendo um barquinho sem rosto, porém, ele não era muito útil como um mascote, o que fez de Alex Kidd um substituto bem-vindo.
Kidd, um menino que parecia um pouco com um macaco, estrelou seis jogos no total, sendo o primeiro Alex Kidd in the Miracle World, de 1986. Apesar de seus jogos serem basicamente de plataforma, eles continham uma série de elementos um pouco mais complicados do que você iria encontrar em jogos como os da série Mario. Como, por exemplo, a capacidade de poupar dinheiro e comprar itens das lojas que ficavam no início de cada fase.
Uma característica em que Alex era superior ao seu rival Mario é que ele não se limitava a pular em cima dos inimigos para derrotá-los. Ele os socava com seu punho gigante. Ele também controlava veículos impressionantes e variados, como uma moto e um submarino, que eram capazes de levar você pelas fases do jogo com extrema facilidade (caso você fosse um bom piloto).
Embora não sejam exatamente os jogos mais indicados para adultos que a Sega já desenvolveu, ocorreram algumas mudanças entre as versões da série lançadas no Japão e no Ocidente. Em Alex Kidd in the Enchanted Castel, por exemplo, o perdedor de uma partida de pedra, papel ou tesoura acabaria quase completamente nu. Nas versões ocidentais, como você pode ver abaixo, isso foi alterado para algo mais aceitável (?): bigorna caindo na cabeça.
A maioria dos jogos da série seguiu uma fórmula similar de ação sobre plataformas, com veículos e – sim – pedra, papel ou tesoura. O último jogo de Alex Kidd, entretanto, era muito diferente de seus antecessores. Alex Kidd in Shinobi World era uma paródia dos jogos de plataforma Shinobi, e foi originalmente concebido como um “Shinobi Junior”, com Alex Kidd entrando desajeitadamente no papel principal nos últimos segundos da prorrogação. Mesmo levando seu nome, ele realmente não é um jogo de Alex Kidd como o conhecemos.
A série Alex Kidd foi minha introdução para duas coisas na vida real. Um deles foi o jogo de pedra, papel, tesoura, que você tem que jogar no final de certas fases, como uma batalha ou para conseguir coisas. Eu nunca tinha ouvido falar da brincadeira antes de jogar Alex Kidd! A outra foi a palavra “Zigurate“. Não é um termo que normalmente aparece para uma criança menor de dez anos de idade, e era uma ótima forma de você parecer mais esperto do que realmente era.
Os jogos de Alex Kidd eram ótimos. No entanto, Alex nunca realmente conquistou o público. Ele não tem uma figura icônica, ou uma frase que grudasse na cabeça e fizesse as pessoas pensarem “sim, esse menino representa tudo o que a Sega quer que pensemos que ele representa”.
Então, quando Sonic the Hedgehog surgiu, em 1991, Alex foi jogado na sarjeta. E é esse pé no traseiro, mais do que os próprios jogos, que realmente me interessa. Depois de Alex Kidd in the Shinobi World, de 1990, para o Master System, o menino nunca foi visto novamente. Claro, ele fez algumas participações especiais em jogos como Altered Beast e Shenmue (e mais recentemente em Sonic & Sega All-Stars Racing), mas faz 21 anos que não temos um único jogo autônomo do garoto, o que é bastante estranho para uma empresa tão nostálgica quanto a Sega, que encontrou tempo para lançar até mesmo um jogo novo da série Nights.
Há tons de uma “noite das facas longas” na Sega com essa mudança extremamente bruta na hierarquia de séries mais importantes da empresa. Ou, para usar outra analogia política do século 20, é como se Alex Kidd fosse o Leon Trotsky do mundo dos videogames: fundamental em determinados momentos até perder sua utilidade e ser esquecido completamente, assassinado com um picador de gelo enfiado no crânio enquanto se exilava no México.
Espero que, algum dia, a Sega possa trazer seu antigo mascote de volta. Não vemos ultimamente muitos jogos de plataforma com elementos leves de RPG, rock, jogos de pedra, papel ou tesoura e motocicletas ultravelozes, e isso é algo que só Alex Kidd pode ajudar a corrigir. Além disso, o Sonic está urgentemente precisando de uma folga.
E embora não seja tão importante agora como já foram em meados dos anos 90, mascotes de console costumavam ser vistos como um grande negócio. Eles fazem parte da razão pela qual a Nintendo tornou-se tão bem sucedida e reconhecível como uma marca, e outras empresas estavam tentando muito duro para tornar seus mascotes animados em ícones também.
De 1986 até 1991, a Sega foi representada por um menino chamado Alex Kidd, astro de uma série de jogos de plataforma para Master System, Mega Drive e até mesmo arcades. E Alex Kidd já era a segunda tentativa da Sega para um mascote. Antes dele tinha surgido Opa-Opa, o pequenino navio do jogo Fantasy Zone. Sendo um barquinho sem rosto, porém, ele não era muito útil como um mascote, o que fez de Alex Kidd um substituto bem-vindo.
Kidd, um menino que parecia um pouco com um macaco, estrelou seis jogos no total, sendo o primeiro Alex Kidd in the Miracle World, de 1986. Apesar de seus jogos serem basicamente de plataforma, eles continham uma série de elementos um pouco mais complicados do que você iria encontrar em jogos como os da série Mario. Como, por exemplo, a capacidade de poupar dinheiro e comprar itens das lojas que ficavam no início de cada fase.
Uma característica em que Alex era superior ao seu rival Mario é que ele não se limitava a pular em cima dos inimigos para derrotá-los. Ele os socava com seu punho gigante. Ele também controlava veículos impressionantes e variados, como uma moto e um submarino, que eram capazes de levar você pelas fases do jogo com extrema facilidade (caso você fosse um bom piloto).
Embora não sejam exatamente os jogos mais indicados para adultos que a Sega já desenvolveu, ocorreram algumas mudanças entre as versões da série lançadas no Japão e no Ocidente. Em Alex Kidd in the Enchanted Castel, por exemplo, o perdedor de uma partida de pedra, papel ou tesoura acabaria quase completamente nu. Nas versões ocidentais, como você pode ver abaixo, isso foi alterado para algo mais aceitável (?): bigorna caindo na cabeça.
A maioria dos jogos da série seguiu uma fórmula similar de ação sobre plataformas, com veículos e – sim – pedra, papel ou tesoura. O último jogo de Alex Kidd, entretanto, era muito diferente de seus antecessores. Alex Kidd in Shinobi World era uma paródia dos jogos de plataforma Shinobi, e foi originalmente concebido como um “Shinobi Junior”, com Alex Kidd entrando desajeitadamente no papel principal nos últimos segundos da prorrogação. Mesmo levando seu nome, ele realmente não é um jogo de Alex Kidd como o conhecemos.
A série Alex Kidd foi minha introdução para duas coisas na vida real. Um deles foi o jogo de pedra, papel, tesoura, que você tem que jogar no final de certas fases, como uma batalha ou para conseguir coisas. Eu nunca tinha ouvido falar da brincadeira antes de jogar Alex Kidd! A outra foi a palavra “Zigurate“. Não é um termo que normalmente aparece para uma criança menor de dez anos de idade, e era uma ótima forma de você parecer mais esperto do que realmente era.
Os jogos de Alex Kidd eram ótimos. No entanto, Alex nunca realmente conquistou o público. Ele não tem uma figura icônica, ou uma frase que grudasse na cabeça e fizesse as pessoas pensarem “sim, esse menino representa tudo o que a Sega quer que pensemos que ele representa”.
Então, quando Sonic the Hedgehog surgiu, em 1991, Alex foi jogado na sarjeta. E é esse pé no traseiro, mais do que os próprios jogos, que realmente me interessa. Depois de Alex Kidd in the Shinobi World, de 1990, para o Master System, o menino nunca foi visto novamente. Claro, ele fez algumas participações especiais em jogos como Altered Beast e Shenmue (e mais recentemente em Sonic & Sega All-Stars Racing), mas faz 21 anos que não temos um único jogo autônomo do garoto, o que é bastante estranho para uma empresa tão nostálgica quanto a Sega, que encontrou tempo para lançar até mesmo um jogo novo da série Nights.
Há tons de uma “noite das facas longas” na Sega com essa mudança extremamente bruta na hierarquia de séries mais importantes da empresa. Ou, para usar outra analogia política do século 20, é como se Alex Kidd fosse o Leon Trotsky do mundo dos videogames: fundamental em determinados momentos até perder sua utilidade e ser esquecido completamente, assassinado com um picador de gelo enfiado no crânio enquanto se exilava no México.
Espero que, algum dia, a Sega possa trazer seu antigo mascote de volta. Não vemos ultimamente muitos jogos de plataforma com elementos leves de RPG, rock, jogos de pedra, papel ou tesoura e motocicletas ultravelozes, e isso é algo que só Alex Kidd pode ajudar a corrigir. Além disso, o Sonic está urgentemente precisando de uma folga.
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